O Blog Cerioli deseja iniciar este ano de 2012 trazendo alguns ritmos tradicionais de nossa cultura. A diversidade destes ritmos, alguns que serão apresentados, é que dissemina o samba.
Lundu
Primeira expressão afro-brasileira popularizada para além das senzalas, progressivamente incorporada aos hábitos da elite como música de salão. Como manifestação, inaugurou a tradição das danças de roda no Brasil. O tom satírico empregado pelos negros e escravos retratava a relação com seus senhores, inserindo o duplo sentido no cancioneiro popular. Seus primeiros registros datam do final do século XVIII. (Texto do CD Amarelo, de Juliana Ribeiro)
Maxixe
Confira um video: http://www.youtube.com/watch?v=9RhdcgPZ-x0
No final do século XIX, o bairro da Cidade Nova exportou para o resto do Rio de Janeiro uma apropriação das danças europeias que virou uma moda: o Maxixe, um modo de dançar o lundu em pares enlaçados associado ao ritmo de polca. Chamado também de tango brasileiro, foi rapidamente transposto para partituras de piano. Inicialmente não se configurou como gênero musical, mas sim como dança: era comum se dançar schottichs, polcas e valsas à moda do maxixe. (Texto do CD Amarelo, de Juliana Ribeiro)
Jongo
Confira um video: http://www.youtube.com/watch?v=Y9afQa7Il9Y&NR=1&feature=endscreen
Manifestação no Sudoeste do Brasil principalmente na Zona rural. Tem como base o ponto, uma espécie de charada musical lançada à roda como um desafio a ser desvendado. Trazido do Congo e de Angola ainda no período escravocrata. Tem forte relação com as religiões de matrizes africanas. O fogo é seu elemento ritual e serve também para afinar o tambu (ou caxambu), o candongueiro e o ngoma-puíta, tambores tidos como entidades. (Texto do CD Amarelo, de Juliana Ribeiro)
Batuque
Confira um video: http://www.youtube.com/watch?v=vrJ2geR77pY&feature=related
Nos registros dos visitantes, exploradores e políticos do século XIX, esta palavra tanto nomeia ritmo, rito religioso, quanto as práticas lúdicas de origem africana. Acontecia nas senzalas, terreiros, mas também nas ruas, sendo tocado com tabaques, pandeiros, berimbaus, além do coro e palmas. Era comum dentro da roda o surgimento do jogo da capoeira vinda de Angola, pela similaridade dessas expressões. (Texto do CD Amarelo, de Juliana Ribeiro)
Nos registros dos visitantes, exploradores e políticos do século XIX, esta palavra tanto nomeia ritmo, rito religioso, quanto as práticas lúdicas de origem africana. Acontecia nas senzalas, terreiros, mas também nas ruas, sendo tocado com tabaques, pandeiros, berimbaus, além do coro e palmas. Era comum dentro da roda o surgimento do jogo da capoeira vinda de Angola, pela similaridade dessas expressões. (Texto do CD Amarelo, de Juliana Ribeiro)
Samba
Para além de gênero musical, o samba é antes de tudo uma manifestação cultural. Herdeiro direto do batuque, suas rodas agregam o coletivo em torno de música, dança, bebidas e comidas. Apresenta diversas vertentes a aprender do local onde é praticado e das matrizes que o constituíram. Da herança banto, trouxe a roda e a presença da umbigada, marca registrada do samba-de-roda baiano, por exemplo. Sua capacidade de agregar a diversidade o posicionou como um ícone de brasilidade, desde a década de 1930. (Texto do CD Amarelo, de Juliana Ribeiro)
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