domingo, 24 de abril de 2011

“Resurrexi, et adhuc tecum sum. Alleluia!”






Ressuscitei, estou convosco para sempre. Aleluia!

A ressureição do Verbo de Deus encarnado é um acontecimento de amor. Que esse amor possa convidar você neste dia a comtemplar o Cristo ressuscitado.
Uma santa e feliz Páscoa!


O Tríduo Pascal

O Tríduo Pascal começa na Quinta-feira, passa pela Sexta-feira e pelo Sábado, chegado ao Domingo da Páscoa. Todo esse caminho é uma oportunidade de vivência, através da contemplação, o mistério salvífico – amoroso de Deus.
Esse itinerário com Jesus que nos é proposto por esse Tríduo, é também o percurso de nossa existência. Pois, esse caminho é realizado em quatro etapas: aceitação (Quinta - feira Santa), abandono (Sexta - feira Santa), uniformização (Sábado Santo) e renovação (Domingo de Páscoa).




Quinta - Feira Santa
Jesus, seguindo o costume dos seus irmãos judeus, celebrava todos os anos a Páscoa em memória dos acontecimentos do Êxodo. Ás vésperas de ser entregue e condenado à morte, Jesus celebrou a Páscoa com um sentido próprio a partir de sua morte na cruz. Sua morte é Páscoa: mostra a intervenção do Pai que salva a humanidade pelo amor de seu Filho, amor este levado às últimas consequências (Jo 3,16). Antecipadamente, ele celebrou em forma de ceia pascal o que iria acontecer no calvário no dia seguinte.
Ele tomou o pão e o vinho celebrados na Páscoa e aplicou-os a si mesmo. Ao celebrar pela última vez a Páscoa judaica com seus apóstolos, Jesus institui o memorial de sua páscoa (Paixão, Morte e Ressurreição), a Eucaristia como o sacramento por excelência
O gesto do lava-pés está muito presente na sociedade no tempo de Jesus, visto que se andava muito a pé. O estranho é ver Jesus lavando os pés. Jesus, o Filho de Deus encarnado, entende sua vida e sua missão como serviço de amor à humanidade. Ele se doa inteiramente (Jo 13,14-15).





Sexta - feira da Paixão do Senhor

A celebração da Sexta-feira é uma das mais antigas e tradicionais entre os católicos. A sua liturgia é caracterizada pela escuta a Palavra, pelo cântico e ritos, e principalmente é marcada pelo silêncio.
A celebração da Paixão do Senhor acontece às três horas da tarde, hora em que Jesus morreu, segunda a indicação dada no evangelho de São João. Ele faz coincidir a morte de Jesus quando eram sacrificados os cordeiros, ainda em preparação para a celebração da Páscoa. Tal como o cordeiro sacrificado na Páscoa dos judeus, Jesus é o novo cordeiro, cujo sangue derramado nos redime e tira o pecado do mundo.
Neste dia não se celebra a Eucaristia. Todos se retiram em silêncio.






Sábado Santo

A celebração do Sábado Santo é cheia de símbolos e gestos. Ela deve ser realizada á noite, ou seja ao noitecer ou antes do término da aurora do domingo. Nela, pode-se dizer, tem dois momentos: o dia do luto pela morte de Cristo e a vigília pascal. A vigília começa com a benção do fogo, a procissão com as velas acendidas no Círio e juntamente com o próprio círio pascal, o cântico de exaltação a Cristo Ressuscitado, as leituras que lembram os grandes feitos de Deus na História da Salvação, segue-se ainda a benção da água e da fonte batismal.
Ao Ressuscitar, Ele demonstrou que era verdadeiramente o Filho de Deus. O encontro com o ressuscitado irá transformar os medrosos e fugitivos discípulos em corajosas testemunhas de Jesus (cf. Mc 16,15; At 3,15). Fazendo-os participarem da nova vida de Cristo: A ressurreição de Jesus, ao contrário, é nova criação, passagem para outra vida.






Domingo da Ressurreição


No dia de Páscoa celebra-se a ressurreição de Jesus. Na celebração da noite de Páscoa tudo está escuro, as luze estão apagadas. E aos poucos essa escuridão vai se dissipando dando lugar a luz. A luz de Cristo irradia todos os lugares, torna mais claro o coração humano, traz de volta o calor da vida, alegra a existência humana.

Depois de quarenta dias em silêncio, chega então o grande dia de gritar o Aleluia. É pelo Aleluia que se marca o sentido da Páscoa. É com esse cântico que o Ressuscitado adentra o coração humano desejoso de amar. Por isso, salvos na esperança, prosseguimos a nossa peregrinação, levando no coração o cântico antigo e sempre novo: “Cantemos ao Senhor: é verdadeiramente glorioso!”.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

4º Domingo da Quaresma


“O quarto domingo é a cura do cego de nascença. Jesus passando, depara-se com um cego de nascimento e logo os discípulos perguntam: “quem foi que pecou?”. O cego personifica povo explorado e privado, pela opressão de seus líderes, da condição humana para a qual Deus o havia escolhido. Jesus vê, na cegueira, a oportunidade para manifestar a ação de Deus. Com a própria saliva, faz barro e unge seus olhos e o con

vida a lavar-se na piscina de Siloé. Nas águas do “Enviado” (Siloé), os olhos do cego iluminam-se e abrem-se para uma nova realidade de vida. Isto deixa a todos perplexos e curiosos. O sinal suscita esperança. A narrativa do cego de nascença serve para demonstrar como se chega à fé plena e madura no Filho de Deus. A fé cristã não é primeiramente crer em algo, mas crer em Alguém. Para os cristãos, crer é crer em Jesus Cristo que conduziu à luz da fé a humanidade que caminhava nas trevas. Assim, iluminados por Cristo, seremos reflexo de sua luz. Vivamos na alegria da fé que se manifesta na confiança em Deus.”


(“Roteiros Homiléticos da Quaresma Ano A – Março/Abril 2011”, pgs. 36-40)